auto-portrait: a fénix da rentrée
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Tudo muda. A disposição, os afectos, as cores. Verdadeiramente, volto a ter vontade. Já que durante o verão, no melhor dos casos, tenho vontade de ter vontade. As cores-terra voltam, tiradas de uma qualquer watercolour do Turner. O ritmo da escrita, laboriosa, torna-se produtivo. A temperatura do corpo desce, a da escrita sobe. É biofísica. Pura.
Depois há o cheiro da rentrée. Grandes concertos na calha (ver post anterior), a melhor época cinematográfica do ano a entrar, encomendas do que de melhor se pensa lá fora a chegar (mais as últimas do Godard). Enfim, o costume com a ressalva de um verão desértico que fica para trás. Ou seja, o costume devém salvação apoteótica.
A minha fénix sempre foi coisa outonal.
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